sábado, 5 de março de 2011

Eu sinto frio, em pleno verão. Me sinto mais forte, excepcional. Estou em uma floresta, escura e deserta. Há um lago, um lago negro e gigantesco. Você vai em direção à ele, focando em uma única torre que está situada no centro das águas escuras. Você anda rápido, passos largos e firmes. Pára na margem do lago, olha para baixo. Não sou eu. É como se outro alguém estivesse no meu corpo, meus olhos, foram de castanho escuro, à azuis tão claros que pareciam totalmente brancos. Expressão maligna. Roupas escuras. Respiro fundo, e volto a andar. Eu sou capaz de andar sobre a água. Enquanto estou caminhando, uma ponte de ossos é erguida para me levar até o alto da torre. Numa janelinha, com a luz acesa. Entro no quarto, há algo no chão. É uma pessoa, despida e urrando de dor. O medo que ela sente por mim, me deixa eufórica, me dá forças. A criatura implora por misericórdia aos meus pés, e a curva da minha sobrancelha mostra que eu estou gostando da situação. Um sorriso no canto dos lábios, expressa o meu prazer por causar dor. Luz. O lago negro transforma-se em algo celestial. Eu não tenho medo. Descendo as escadas da torre, eu penso: eu sou o mau. Chegando na floresta, a luz me cega, e o mau sente medo. Eu acordo, e vejo que não passou de um pesadelo. 

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