terça-feira, 30 de novembro de 2010

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é incrível como você mudou. você aprendeu a acreditar, em si mesma e nas pessoas. você não tinha fé, mas apenas ver o horizonte tão distante, fez você crer que um dia você chega lá. depois de um dia cansativo com muitas pessoas, você não precisa de fones de ouvido, você só precisa de um tempo para botar as ideias no lugar. você se senta nas raízes de uma grande árvore, com um grande campo à sua frente, e o céu, parece sorrir. pensa que não precisa de seus fones, da música para te embalar, pra você sentir. só precisa do som do vento e o canto dos pássaros voando perto de você. como você queria aprender a voar com eles, ser livre. você olha os morros, a paisagem, as pessoas à sua volta pensam que você está sozinha porque está magoada, mas estão erradas. está sozinha porque gosta, essa solidão te conforta, é nesse momento em que você consegue pensar direito. o sol é forte, parece buscar por você. você fecha os olhos, ouve o som de alguns galhos quebrando, quando abre os olhos vê uma silhueta tapando a luz. você focaliza, quem veio te apoiar é a pessoa que te faz feliz.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

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gritam com você, seu celular está sem bateria, os fones não vão te salvar desta vez. você tem de enfrentar. perguntam, você responde. gritam, você grita. dão risada, você fica séria. mostram raiva no olhar, e você mostra mais ira ainda. você é uma eterna insatisfeita, nunca está bom. nunca. terminam de fazer o discurso desnecessário e mandam você subir para o seu quarto. você fecha os olhos e agradece por estar ali. você deita e fecha os olhos, não tem ideia de quanto tempo está passando, depois seu travisseiro está molhado. você acaba de chorar. não porque se ofendeu com algo que te falaram, ou porque acha que está errada. chorou de raiva. muita raiva. você é forte, só chora quando está irada. não chora por dor, por alguém, só chora pela raiva que você sente desse mundo. ouve um barulho, seu celular está carregado. você olha com muita raiva para ele, porque na hora que você mais precisou ele não foi te ajudar. joga o telefone na parede. fecha a porta com força, a janela, as gavetas, o ropeiro. apaga as luzes e fica ali parada, por muito tempo, quando as suas pernas dizem que você não aguenta mais, suas pálpebras pesam, seu pescoço dói, procura a cama, no escuro, e deita. pega no sono. no outro dia você só lembra que teve pesadelos, e que eles aconteceram de verdade.

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vivem falando que tudo o que você faz está errado. que você se isola, que você não faz cara de feliz, que você sorri pouco, que você não dá valor ao que tem, que vive arranjando problemas. a solidão te conforta, é quando você se sente bem. fazer cara de feliz pra que se o que você realmente sente não é isso ? sorrir o tempo todo não aditanta, se os sorrisos não são verdadeiros e vividos. dar valor a que se o que mais importa pra você, ainda não foi conquistado, que é a liberdade ? você não arranja problemas, eles te procuram até o fim do mundo para te atormentar cada vez mais. várias pessoas dizem 'esqueça os seus problemas e viva o agora', mas de que adianta se os problemas não vão permitir que você viva tranquila ? as pessoas acham que os conselhos que elas dão adiantam, você não dá ouvidos, não vai dar certo se você não seguir seu próprio coração. você não ouve a ninguém, não quer ouvir. você não precisa de ninguém, você sabe se cuidar sozinha. as mesmas pessoas que falam que você faz tudo errado, pensam que falar isso vai te ajudar, que é para o seu bem. o seu bem está em você mesma, não está em ninguém. o ódio nos seus olhos é apenas o reflexo de tudo o que você vê, eles são espelhos da sociedade. essa estúpida sociedade, que só quer ferrar você com esse bando de bandidos que acabam com a sua liberdade. você é como o mar, ninguém vai conter você, ninguém vai influenciar você.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

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você detesta essa rotina agitada, esse monte de coisas pra fazer, você quer paz. você volta da escola, e as pessoas ao seu redor não param de falar, você quer silêncio, você não quer responder à nenhuma pergunta. os fones de ouvido salvam você de toda a agitação, eles te colocam em um lugar onde sua vida tem trilha sonora, e você só vê. não ouve todos reclamando, brigando, perguntando, rindo e chorando. mas uma hora você tem de voltar para o seu lugar, onde tudo isso infelizmente acontece. antes de ir dar um jeito nas inúmeras coisas que tem de fazer, você olha o céu, ele ainda está nublado, mas há um pequeno espaço com sol, um pequeno espaço avermelhado. você não sabe o que está sentindo, só quer olhar. mas tudo parece que volta contra você. você tem vontade de cortar todos os fios elétricos que formam uma teia de aranha e a impede de olhar, explodir todas as casas à sua volta. mas não pode, e tem de aceitar isso. continua observando o céu, até que ele some






























você está em casa, e sua vida continua.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

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e é mais um dia chuvoso, frio e detestável. você não quer ficar em casa, você precisa de ar para respirar. suas pernas ganham vida e te levam até a porta, você sai, e a porta se fecha com o vento, faz um barulho tão grade que você pensa em voltar atras, mas não. está ali por algum motivo. você anda, sem direção, sem um rumo, sem ninguém, mas não para. a chuva fria e fina parece cortar o seu rosto, o vento gélido tira o calor do seu corpo e a única coisa que você sente é seu coração batendo. pensa em tudo, pensa na vida, nos amigos, nos traidores, nos meninos, na sua família, em você. pensa que fez muita coisa errada, mas não se arrependeu, tudo um dia vai valer a pena. tudo o que você fez, o que você está fazendo. sabe que pode ser a pior escolha da sua vida, que pode perder muita gente de quem você gosta. mas é preciso, você não vai desistir de si mesma. vai fazer o que for preciso para ser feliz, não para fazer os outros felizes, porque sabe que um dia você vai dizer 'valeu a pena'. você vai lutar até o fim, não vai desistir, vai lutar com garra. é tarde para desistir. por mais que você machuque outro alguém, o que importa no momento é você mesma, vai seguir sozinha e não vai se arrepender.
você está exausta. você dormiu até mais tarde, mas quando se levanta o mundo cai sobre suas costas, as mesmas responsabilidades, as mesmas coisas pra fazer, as mesmas pessoas para ver e conversar, os mesmo lugares onde tem de ir. você queria dormmir para sempre, ou pelo menos até tudo isso acabar, onde você possa fazer algo por si mesma, seguir sozinha. você levanta, a casa está um caos, você almoça mas não tem fome ou vontade de comer. então sua tarde começa, aquela tarde em que inúmeras pessoas astão à sua volta, te pedindo coisas, te perguntando coisas, tentando te agradar, falando o tempo todo. você sente raiva por estar ali, você só quer estar na sua cama de novo, só quer ficar sozinha. chega em casa, mas já tem de sair de novo, você vai para outro lugar com ínumeras pessoas falando ao seu redor, o tempo todo. quando você finalmente consegue fechar a porta do seu quarto e ir para o computador, ouvir suas músicas, algo te impede. você ainda tem muita coisa pra fazer, coisas da escola, coisas de casa, e enfim você acaba tudo. a vontade de ir para o computador passa, você deita e pensa como seria bom poder ficar ali o dia todo, ficar tranquila o dia todo. mas você pensa de novo, seu dia não foi tão ruim assim, você recebeu abraços verdadeiros, você convive com as pessoas mais puras da face da terra. você é feliz.

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precisamos de um tempo só nosso. você está numa praça vazia, é só você e não precisa de mais ninguém. está sentada no banco com o sol sob sua cabeça aquecendo seu corpo, o vendo acaricia sua pele, você sente o cheiro das flores e da grama ainda úmida da noite anterior, ouve o som que os balanços vazios fazem com o vento, o som das folhas das árvores batendo umas contra as outras, o céu está limpo, não há nuvens. você não se dá conta de quanto tempo passa, só quer se sentir em paz, só quer recomeçar mais uma vez. o sol vai embora lentamente e tudo se transforma numa noite fria, os balanços param, as árvores também. a céu se tranforma na coisa mais sombria que você já viu, sem estrelas, só a lua e inúmeros trovões. você chega em casa, todos perguntam onde você estava, mas a única coisa que sai da sua boca é 'estou bem, não houve nada', apesar de você ter muitas coisas para dizer, mas não, você só quer um banho quente. depois do banho veste qualquer coisa que está jogada no chão, não quer seus fones de ouvido, não quer seu computador, só quer dormir, é só o que você precisa. no dia seguinte você é uma nova pessoa, mais leve. quando chega em casa, cheia de energias ruins, sobrecarregada de informações, você pensa que não será forte o bastante para aguentar tudo todo o dia, o dia todo. você vai para a sua janela, o céu está cheio de estrelas e a lua parece olhar diretamente pra você, você jura pra si mesma, que vai recomeçar quantas vezes forem precisas.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

disse que cometemos os sete pecados sem perceber, é verdade.
vaidade - o mais comum de todos os sete entre nós. não nos arrumamos para os outros, nos arrumamos para nós mesmas, por mais que digam que não, ficamos enlouquecidas quando estamos fora do padrão de beleza.
inveja - alimentada mais em algumas meninas menos em outras. inveja do que elas tem, tanto material quanto os amigos, namorados, etc. pessoas querem ser invejadas e  se sentem orgulhosas quando são, não sei se esta é a melhor escolha.
preguiça - aquele peso nas pernas todo o dia de manhã, aqueles inúmeros favores que pedimos, coisas que deixamos para depois, na maioria das vezes quando não é o nosso desejo fazer aquilo. a única coisa que não temos preguiça é de pensar.
avareza - nem tem muito o que explicar, ninguém gosta de emprestar dinheiro, a maioria das garotas são egoístas, não com coisas materiais mas até com sentimentos ou outras pessoas.
gula - TPM + chocolate = 5 kg a mais . queremos cada vez mais coisas, nunca estamos satisfeitas, somos consumistas, quanto mais melhor.
luxúria - (6)
ira - não sei ao certo se é assim para todas as pessoas mas, pra mim, a ira é o mais comum. não sei se o signo influencia nisso, mas enfim, ódio, ira, fúria, tudo isso acumulado dentro de nós, uma hora temos de extravazar, e ninguém pode nos culpar.

as meninas podem ser a espécie mais complicada e errada do mundo, mas isso não vai mudar nunca. aguentamos coisas demais, engolimos sapos o tempo todo, o mínimo que pedimos é compreensão.

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pensamos nele o tempo todo, ou pelo menos a maioria dele. o que foi, o que é, o que pode ser, o que você quer que seja. você vê essa pessoa tão perto de você e ao mesmo tempo tão longe, você pensa que é impossível ter aquela pessoa do seu lado. ele está online, seu coração dispara, o tempo congela, e tudo fica em silêncio absoluto, você só ouve seus batimentos. sua mao treme e você fica em adrenalina constante. pensa que ele é só mais uma pessoa no mundo como você e tudo volta ao normal, você volta a escutar a televisão, a música que estava tocando no computador, as pessoas fora do quarto conversando e andando de um lado para o outro, você vê que o tempo passou e a sua mão ainda está no touchpad . é a hora de agir, a mesma conversa de sempre, oi, tudo bem?, novidades?, então você tenta puxar assunto, pensa que ele não vai responder ou dar importância, mas ele continua, ele é o que importa naquele momento. você ri das coisas idiotas que ele diz, se comove com os problemas dele. vocês conversam sobre tudo, qualquer coisa para não ficarem em silêncio, vocês 'se trovam', e você dá importância para tudo o que ele diz. está ficando tarde, vocês se dispedem, então ele diz algo tão pequeno mas que pra você tem um grande valor. ele está offline, você ainda está parada na frente do computador processando tudo o que leu, você então decide desligar o computador e ir deitar, mas o sono não vem. você vira para um lado, para o outro, e decide por seus fones de ouvido. agora você está deitada, escutando sua música favorita, acabou de falar com a pessoa mais legal do universo, agora você está no seu mundo, só seu. onde ninguém atrapalha seus pensamentos, sentimentos, e ninguém dá opinião, é só você e você se sente feliz por isso. pensa nele, nos seus pais, no que tem de fazer para o dia seguinte, pensa em você mesma e no que você quer. com o tempo o sono vem, sente o cansaço em suas pernas, em suas costas, no pescoço, e pega no sono. no dia seguinte você não lembra muito da conversa ou do que sonhou. você só se lembra que tão pouco te deixou tão feliz.

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eu penso demais, você pensa demais, meninas pensam demais. Mesmo sem perceber, as vezes nos desligamos do mundo imaginando situações quase impossíveis com a pessoa amada. por mais que a gente diga ' eu sou assim, e não me importo com o que os outros dizem ' , uma única palavra mal entendida tem 833488850309248 de significados para nós. nós damos sim importância para os outros, para o que eles falam, o que eles pensam, os emoticons que eles usam no MSN, no tempo em que demoram para responder. você fica comparando se a foto de alguma amiga do orkut tem mais comentários que a sua, você desabafa com amigas mas nunca conta tudo por medo de acharem você infantil ou sonhadora, você espera aquela pessoa especial ficar online a hora que for. você perde tempo arrumando o cabelo para ir para a escola, enlouquece quando uma unha quebra, você é vaidosa sim e comete todos os sete pecados sem perceber. Em vez de pensar se tem dever de história ou prova de física, você pensa que está na hora de depilar suas pernas e fazer as unhas, lê seu horóscopo todo o dia em diversas fontes mesmo sabendo que não adianta. ama sair com várias sacolas do shopping penduradas no braço e quando chega em casa a única coisa que você pensa é que não comprou o que precisava, e terá de esperar até o mês que vem para ganhar a tão desejada ' doação ' de seus pais para entrar mais uma vez no mundo consumista. Sabe que tudo um dia vai mudar completamente, mas não faz a mínima idéia de quando isso vai acontecer.