quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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Ver que eu estou fazendo tudo errado, só deixa meu coração mais pesado. Escola, namorado, amiga, mãe, pai, melhor amiga. É tanta coisa pra eu cuidar, é tanta coisa pra eu aprender de uma só vez. Minha vida, chegou à um ponto, em que eu preciso mudar. Se eu quero que as coisas melhorem, eu preciso melhorar. Mas eu não consigo. Não sei se sou fraca, ou se dentro de mim, algo grita ''não''. Meu coração sofre todos os dias. É como se as pessoas, conseguissem arrancá-lo, parti-lo, e depois por de volta no meu peito aberto, onde escorre sangue. Nos meus olhos, vejo apreensão. Lágrimas escorrem deles. Eu suo frio. Eu me sinto entre quatro paredes, onde todos me julgam, e eu não tenho pra onde fugir. Eu quero um tempo só pra mim. Mas eu não consigo. Tenho que cuidar de tudo sozinha. Tenho que cuidar da minha vida sozinha. Quero ser criança de novo, não ter que me preocupar. Ou crescer logo, pra ocupar minha mente com as contas à pagar e não com tanta preocupação. Tudo que vai, volta. Será que está voltando pra mim, algo que eu não fiz por mal? Eu...eu não sei. Não sei de mais nada. É complicado, e não sei como explicar pra ninguém o que eu sinto. Não consigo mais conversar com alguém, sem terminar em briga. A culpa é minha? Queria ir para um lugar isolado, só eu e o mar. Mas enquanto não aprendo a viver em meus sonhos, vou tentar consertar o que fiz no mundo real.  

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

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Você acreditava que poderia viver sozinha. Que poderia se sustentar, fazer o que desse vontade, ter liberdade. Mas você é tão jovem, tão imatura. Tão assustada e desprevenida. Está vivendo a melhor fase da sua vida. Com tantos altos e baixos. Tantos dias perfeitos e tantas brigas. Tanto amor e tanto ódio. Você precisa disso. Você quer isso. Você adorava ficar sozinha, no seu quarto, trancada. Onde deixava tudo do lado de fora, onde não se preocupava com nada nem ninguém. Você não entende a si mesma. É tão confusa. Sentimentos demais pra um só coração. Ele pulsa rápido, batidas demais por minuto. Mas é normal pra uma adolescente de 14 anos. Seu pulmão parece menor, a dificuldade para respirar só aumenta. As pernas perdem força. Sua testa, franzida. Você deita e dorme. Mas parece que não é o bastante. O peso, não te deixa viver em paz. Paz, você precisa. Você quer se sentir leve de novo. Chega um momento, em que você se dá conta, que nunca vai se livrar do peso. Só vai dividi-lo com outro alguém. Você quer dividir. Você precisa dos outros, você quer os outros. Você quer o amor deles. Sempre.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

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você está confusa. são sentimentos demais para uma mente só assimilar. eles vem e vão, rápido demais. você muda de opinião rápido, sente e para de sentir rápido. sua cabeça está sobrecarregada, você não aguenta mais. cada palavra, pode soar como a mais suave melodia no piano, ou o mais brusco solo de guitarra. o calor intenso de um verão cansativo, te deixa detonada. até que você está no carro, pensando em diversas coisas ao mesmo tempo, e não pensando em nada. a janela está aberta, sua cabeça jogada para trás. sua traquéia lutando contra a pele do seu pescoço. a garganta cansada de tanto falar. a boca seca de sede. o vento, bagunçando seus cabelos. brisa fresca, rápida e até violenta, parece desidratar sua pele. é liberdade ? chega em casa, come alguma coisa que está jogada na geladeira. toma um banho quente, pleno verão. entra no quarto, liga o ar condicionado e o computador. deita-se na cama, abre o MSN, o orkut, o twitter. nada acontece, e você não tem vontade de ficar presa na internet. você dorme, e sonha com o seu futuro. ele será melhor que seu passado.