quarta-feira, 24 de novembro de 2010

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precisamos de um tempo só nosso. você está numa praça vazia, é só você e não precisa de mais ninguém. está sentada no banco com o sol sob sua cabeça aquecendo seu corpo, o vendo acaricia sua pele, você sente o cheiro das flores e da grama ainda úmida da noite anterior, ouve o som que os balanços vazios fazem com o vento, o som das folhas das árvores batendo umas contra as outras, o céu está limpo, não há nuvens. você não se dá conta de quanto tempo passa, só quer se sentir em paz, só quer recomeçar mais uma vez. o sol vai embora lentamente e tudo se transforma numa noite fria, os balanços param, as árvores também. a céu se tranforma na coisa mais sombria que você já viu, sem estrelas, só a lua e inúmeros trovões. você chega em casa, todos perguntam onde você estava, mas a única coisa que sai da sua boca é 'estou bem, não houve nada', apesar de você ter muitas coisas para dizer, mas não, você só quer um banho quente. depois do banho veste qualquer coisa que está jogada no chão, não quer seus fones de ouvido, não quer seu computador, só quer dormir, é só o que você precisa. no dia seguinte você é uma nova pessoa, mais leve. quando chega em casa, cheia de energias ruins, sobrecarregada de informações, você pensa que não será forte o bastante para aguentar tudo todo o dia, o dia todo. você vai para a sua janela, o céu está cheio de estrelas e a lua parece olhar diretamente pra você, você jura pra si mesma, que vai recomeçar quantas vezes forem precisas.

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