quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

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4.30am, você está viajando pra bem longe. não consegue dormir de novo, está agitada procurando um pedaço de terra verde na sua cidade. não adianta, tudo está dominado pelo concreto. o tempo vai passando, músicas que dizem o que você pensa tocam nos seus fones, você não tira os olhos da janela. talvez os fones, sejam pra ajudar a não ouvir os barulhos à sua volta. 5.30am, campos aparecem, tão vastos, e o Sol começa nascer. mas ele só nasce de um lado, oposto do seu. será que ele não quer brilhar pra você hoje ? pra variar um pouco. quanto mais perto do seu destino você chega, mais você se lembra de quando tinha 7 anos, a brincava com a sua irmã quando passavam por aquela árvore. quando tinha 3 e estava no colo da sua mãe, procurando um lugar pra ficar. ou quando tinha 11 e ficava muito feliz por poderem estar ali mais um ano. você chega, é a cidade das lembranças, só as melhores. você entra, vê as mesmas lojas, as mesmas casas, os mesmos restaurantes, tudo como era antes. você se sente criança de novo, aquela alegria que nunca abandona seu coração. você chega em casa, descarrega as malas e sai correndo pra praia. tão linda, água tão limpa, morros tão verdes. um aperto no peito, é saudade ? talvez. as ondas cheias penteiam seus cabelos, o Sol aquece seu corpo. quem sabe lá, o Sol brilha pra você, só lá.

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